Em 2023, as exportações de soja do Brasil ultrapassaram 100 milhões de toneladas, marcando um aumento de 30% em comparação com 2022, conforme dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A China continua como o principal comprador, contribuindo com uma participação de 75%. No mês de dezembro, as exportações de soja em grãos geraram um faturamento de quase 2 bilhões de dólares, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior. Isso representa uma média diária de mais de 99 milhões de dólares, um incremento de 66% em relação ao último mês de 2022, apesar da queda nos preços. Em termos de volume, em dezembro, foram exportadas 3,8 milhões de toneladas de soja, uma média de 191 mil toneladas por dia, quase 98% a mais do que no ano anterior.
Entretanto, a safra de 2024 apresenta desafios significativos. A Argentina planeja recuperar cerca de 30 milhões de toneladas da oleaginosa, o que pode continuar pressionando as cotações nos próximos meses. Além disso, a atenção está voltada para a safra norte-americana de soja, que começará a ser plantada entre abril e maio.
As projeções para a safra brasileira de soja em 2024 foram revistas para baixo, com estimativas do USDA e da Conab diminuindo em relação às previsões iniciais. Isso levanta preocupações sobre a produtividade e produção, com algumas regiões, como o Sul e a Argentina, apresentando recuperação, enquanto estados como Mato Grosso e Goiás enfrentam desafios significativos.
Em outras notícias, a área mundial de plantio de soja está em crescimento, com expectativas de recorde para 2024. O mercado de adubos no Brasil também deve crescer, impulsionado pelo otimismo em relação ao plantio da segunda safra de milho após o retorno das chuvas em algumas regiões. Quanto à exportação de carnes, o Brasil prevê um cenário positivo em 2024, com possíveis novos recordes em volume de embarques, o que pode aumentar sua competitividade.